O mundo dos Concursos de Azeites. Como melhorar e qualificar esses Certames.

Temos , hoje, uma infinidade de concursos para promover azeites de oliva e criar condições especiais e exclusivas para vendas desse maravilhoso produto. Isso serve de pano de fundo para a questão comercial em todos os sentidos.
Essa é uma tônica na questão da promoção de azeites. Os prêmios e as medalhas, as menções honrosas e outros galardões. Dar uma boa visibilidade ao azeites. A proliferação desse tipo de trabalho promocional tem lá suas virtudes desde que haja um trabalho sério e de qualidade na questão do exame e na qualificação classificatória desse produto. A disseminação dessa atividade , no entanto, começa a criar algumas dificuldades na questão da veracidade e das condições a que estão submetidas tais avaliações.
A atividade promocional feita através de Concursos é salutar desde que bem executada e de seguir algumas regras que de fato avaliem de uma forma densa e organizada esses produtos. A questão que se impõe sempre nesse item importante será a qualificação dos avaliadores . Qual o nível de informação e de conhecimento que alguns provadores tem para exercer essa atividade? Quem controla?Quem avalia e quem recruta os provadores de azeites? Isso tudo são questões que não tem respostas efetivas e substanciais.
Não basta o azeite avaliado ou premiado exibir em sua rotulagem opcional ou promoção de marketing os títulos ganhos ou nomeados. Precisa , de fato , esse produto ser e ter a qualidade diferenciada para poder condizer com o galardão recebido. Ai vem a segunda questão: Qual o nível de confiabilidade do concurso? Quem , de fato, avaliza e/ou organiza o Evento.Quantos prêmios o mesmo distribui? Tudo isso pesa na balança da seriedade e do bom trabalho desenvolvido na questão premiar os melhores e oferecer a oportunidade ao público de adquirir esses produtos de qualidade.
Há, hoje em dia, uma necessidade premente de se organizar e disciplinar esse tipo de atividade de escolha e de publicidade. A Entidade que deveria se preocupar com o disciplinamento de concursos criando regras e controles claros para que possa o ato de escolha e premiação ser veraz e correto seria o Conselho Oleícola Internacional.Com essas condições mínimas de regramento o nível e a condição dos concursos melhoraria muito e aqueles que hoje só servem para remunerar os seus organizadores e de uma certa forma ludibriar os consumidores , seriam banidos do ato de promover e de disseminar informações sobre azeites de qualidade.
Um outro aspecto que deveria pesar nessa balança é a composição do corpo de jurados que atuam nesses certames. Hoje basta haver o interesse comercial para muitos concursos recrutarem , muitas vezes, e isso parece ser regra, pessoas que não tem conhecimento mínimo para estar avaliando e classificando azeites de oliva. O profissional que deveria compor pelo menos 80% do corpo de julgadores deveria sair da profissão mais habilitada para tal atividade que são os “Experts em Azeite de Oliva Virgem” com curso de Superior de Extensão universitária. Esse profissional além das inúmeras atividades para o qual está habilitado dentro dessa área tem as mais amplas e melhores condições para ocupar grande parte do espaço destinado aos julgadores de qualidade dos azeites de oliva. Com essa qualificação e com esse regramento a ser feito pelo COI daríamos um passo e tanto no sentido de melhor avaliar e melhor oferecer ao público consumidor em geral os azeites de qualidade de fato.
Temos hoje no mundo cerca de 250 desses profissionais formados que estão a disposição e dispostos a trabalhar a questão de uma forma séria e compacta para atender os anseios e as necessidades de qualidade que tanto clamam os consumidores, apregoam os especialistas em saúde e aqueles que estão envolvidos diretamente na utilização dos melhores azeites na culinária. A grande maioria desses profissionais são oriundos de um trabalho efetivo e de qualidade organizado e patrocinado pela Entidade máxima do Setor que é o COI. Está na hora de organizar esse disciplinamento através desse Organismo que cria e organiza as políticas para o Setor e aproveitar mais e melhor o investimento feito através de bolsas de estudo que distribui para os países associados de forma racional e positiva na formação desses profissionais.
Não há conexão integral entre o investimento feito pelo COI, no alcance de bolsas de estudo e o aproveitamento mais efetivo ,de fato, dos profissionais formados. Não que esses profissionais estejam sendo mal aproveitado, mas poderiam dar uma parcela maior de colaboração dentro da busca e da identificação de qualidade dos azeites produzidos no mundo.